quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
Falta de acessibilidade na Orla de Petrolina
Um dos cartões postais da cidade, a Orla Fluvial de Petrolina sofre com o problema da falta de acessibilidade, que atrapalha o dia-a-dia de quem passa pelo local.
quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
Do outro lado do mundo
Jessica Kubo, 23, adora estudar línguas, é bartender e vive na ilha de Okinawa, Japão. Há seis anos decidiu ir morar com os pais. Hoje a maior parte da família mora na “Terra do Sol Nascente” e em um ano em que os estrangeiros que querem vir ao Brasil, uma brasileira não quer voltar para cá, não ao menos para morar. Vamos descobrir como é a vida de uma brasileira comum, num país que nem de longe parece com o seu.
1) Quando você chegou ao Japão, qual foi a maior dificuldade, além da língua?
Japão não é um país difícil de viver, japonês é um povo que gosta de inventar mil maneiras pra facilitar a vida, então eu diria que a maior dificuldade é sim, a língua. E como a região que eu moro tem muitos brasileiros, é muito fácil achar um tradutor que te auxilie quando você precisa, e isso meio que atrapalha as pessoas de aprenderem o japonês porque elas se acomodam com a facilidade de ter alguém para traduzir.
2) Você terminou a escola aqui? Frequentou a escola japonesa?
Eu terminei o ensino médio aqui no Japão, mas em uma escola brasileira. E sim, frequentei a escola japonesa por uns três anos.
3) Por ser brasileira já sofreu alguma situação constrangedora ou algum preconceito? ou alguém que você conheça?
Sim, eu já sofri preconceito aqui. É raro esse tipo de situação, porque os japoneses em questão de prestação de serviço em supermercados, restaurantes, estabelecimentos comerciais em gerais são muito educados. Eu tenho amigos de todas as partes do mundo e todos me falam que o Japão é o número um nessa questão, com uma qualidade excelente. Mas os japoneses das gerações passadas ainda relutam com o fato de ter tantos estrangeiros no país e é aí que um preconceito ou outro acontece.
4)Qual é a imagem que os japoneses tem sobre o Brasil e os brasileiros?
Japonês por mais incrível que pareça adora futebol. E a primeira imagem que eles têm do Brasil é o futebol. A segunda eu diria o samba. Eles são fãs do Brasil nessa questão.
Eles falam que brasileiros são alegres e de "coração quente”
Eles falam que brasileiros são alegres e de "coração quente”
5) Você aí tem contato com muitos estrangeiros, qual a imagem que eles têm do nosso país?
Em Tokyo tem muitos estrangeiros de todas as partes do mundo. Eu tenho muitos amigos estrangeiros da época que eu morava lá e a imagem que eles têm do Brasil é relativa. Os que já foram pro Brasil falam muito bem, das pessoas, dos lugares, da comida, das festas, das praias e etc. Os europeus tem uma imagem mais bonita em relação ao Brasil, mas os americanos tem medo, a imagem é negativa, mas isso é devido à falta de informação, um amigo me disse isso uma vez.
Em Okinawa, onde eu moro, tem as bases militares americanas, ou seja, tem muito homem pra pouca mulher. Lá tem bastante clubs assim (de prostituição), e quando eu vim para cá, a minha amiga me falou pra eu me apresentar assim: "Oi, meu nome é Jessica, eu sou brasileira MAS NAO SOUSTRIPPER!" porque para eles todas as brasileiras lá são strippers e só isso.
6) Você pensa e voltar a morar no Brasil?
Pra ser bem sincera, eu não me vejo morando no Brasil. Não sei se me acostumaria de novo. Mas sei lá, vai que né
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
Projeto Infojovem na Escola Estadual Moysés Barbosa
Debater sexualidade em um papo de jovem para jovem, a luz da
comunicação. Esse foi o objetivo do Infojovem, que durante um mês, uniu alunos da
Uneb e da Escola Moysés Barbosa, que fica em Petrolina, no mesmo objetivo. Saiba mais assistindo a
matéria abaixo:
domingo, 1 de dezembro de 2013
terça-feira, 26 de novembro de 2013
A era “Selfie”
O narcisismo online, o selfie (self :eu, a própria pessoa e o sufixo ie) foi eleita a “palavra do ano” pelo dicionário Oxford e foi definida como: uma fotografia
que uma pessoa tirou de si própria, normalmente com um smartphone ou webcam, e
que foi colocada numa rede social “. Segundo o dicionário a palavra “selfie” ganhou
destaque depois do aumento do seu uso, que chegou a cerca de 17.000% desde o ano passado.
O termo “selfie” nada mais é do
que o habito de tirar fotos de si mesmo para colocar em alguma rede social em
busca de “likes”. A febre do autorretrato se deve, em partes, a popularização
do Instagran um aplicativo gratuito que
permite que o usuário tire fotos e publiquem de forma instantânea em diversas redes
sociais e no próprio Instagran, com uso de “filtros” que dão um toque vintage
as fotos.
foto: internet |
Autorretratos não são nenhuma novidade, Vincent van Gogh já fazia uso dessa técnica no século
XIX, a diferença é que não é necessário ser um grande artista ou ter muitas
noções de fotografia para produzir um autorretrato, basta ter em mãos um smartphone,
tablet ou nootbook.
O seffie virou uma verdadeira febre no mundo das celebridades, por ser um meio fácil e muito prático de autopromoção e de interação com os fãs. Recentemente a cantora Beyoncé participou do "selfie" de um fã durante seu show:
Fenômeno muito comum entre os jovens, o selfie passou a cumprir o papel de " check-in". A estudante de farmácia Daiara Nascimento (22), gosta de registrar os lugares que frequenta " Eu gosto de compartilhar com os meus amigos e familiares os lugares que frequento ou que estou conhecendo pela primeira vez, as vezes tiro foto com as minhas amigas, mas na maioria das vezes estou sozinha. Tenho a sensação de está menos sozinha quando compartilho uma imagem minha e tenho de imediato o retorno das pessoas que curtem e comentam". Segundo a psicologa Luiza Pascoal existe tipos de selfies: Os que desejam retratar um estado de espirito, os exibicionistas e os que desejam mostrar que estão em algum lugar diferente (ou não) " O tipo mais comum é o narcisista, que usa as redes sociais para se auto firmar é muito comum, o exibicionista gosta de registrar o resultado da malhação diante do espelho da academia".
Alieny Silva
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
O lazer que se transforma em problema
Por Alexandre Borges e Lícia Loltran
A cidade de Petrolina, hoje, conta com um cinema,
que fica localizado no único shopping
da cidade. Quando inaugurado, os cidadãos da cidade chegaram a imaginar que
teriam uma programação como a que é vista em cinemas das capitais, no entanto,
o que se vê é um descaso às estreias nacionais e internacionais, salas fechadas,
filmes com defeitos, sessões canceladas e confusão na venda de ingressos. O
cinema da cidade já disponibilizou até aplicativo
de celular para acompanhar o horário dos filmes da semana, mas, alguns
frequentadores do cinema ainda reclamam que alguns filmes têm suas sessões
canceladas e não há atualização e nem aviso nos aplicativos. A estudante Carla
Miranda (22), conta que já saiu de casa com horário marcado para ver o filme,
mas quando chegou ao cinema, a sessão tinha sido cancelada e não havia nenhum
outro filme no horário.
Esse e outros exemplos
compõem o quadro atual que a linguagem cinematográfica enfrenta na cidade.
Outro problema observado foi o descaso com as produções nacionais, pois, mesmo
o cinema estando localizado em uma cidade brasileira, as estreias nacionais não
costumam chegar totalmente. A vendedora Marília Silva (25), espera até hoje a
chegada de um filme nacional. “Estou aguardando a chegada do filme ‘Flores Raras’, que estreou
nacionalmente há três meses. O cinema colocou o cartaz dizendo que estrearia ‘em breve’, mas até agora nada e até
tiraram o cartaz”. Essa situação se repete com outros filmes nacionais e
internacionais, demonstrando a ‘preferência’ do cinema por estreias de filmes de comédia e ação. O que coloca
a população de Petrolina a margem do que o cinema ‘acha’ que deva ser assistido
por seus espectadores, ou ainda, por o que ele considera que renda público.
Outro problema diz
respeito a falta de estrutura e organização com relação à venda de ingressos e
aos momentos pré-sessão. Nathallia Santos (21), fã da saga Jogos Vorazes, diz que procurou a bilheteria do cinema uma semana
antes da estreia do segundo filme da série “Jogos Vorazes: Em Chamas” para saber se haveria venda antecipada de
ingressos e ouviu das atendentes que não haveria, que os ingressos seriam
vendidos apenas no dia. Contudo, a realidade foi diferente. “Eu estava em casa
na quinta feira, na véspera do filme, e meu amigo me ligou avisando que os
ingressos estavam vendendo. Foi uma falta de planejamento muito grande. Como
eles não sabiam disso quando perguntei uma semana atrás?”.
Foto: Nathallia Santos |
Mas os problemas não
pararam aí. Nathallia contou ainda da falta de organização no dia da estreia.
“Cheguei duas horas antes da sessão, mas já havia fila. E muito desorganizada.
Só deixaram a gente entrar uns 40 minutos antes e foi uma bagunça. Gente que
chegou quase 1 hora depois de mim entrou antes, as pessoas simplesmente se
jogaram na frente e entraram e não deixaram nem a gente reclamar. Falta de
respeito.”
“A gente vem se
divertir e no final, acaba se estressando”, encerra Nathallia, resumindo em
poucas palavras o estado de descontentamento de muita gente com o cinema na
cidade de Petrolina.
domingo, 24 de novembro de 2013
Viagem ao exterior: cada vez mais possível
Lazer ou estudo, viajar para fora do Brasil está mais fácil
Maria Yamakawa
Até pouco tempo, o intercâmbio era sonho de muitos jovens e adultos. Com mudanças econômicas sofridas pelos países ao redor do globo de 2008 para cá, ficou cada vez mais fácil viajar para fora do Brasil.
Há quem opte por programas de intercâmbio, ou que vá por lazer. De qualquer forma, os preços são cada vez mais atrativos - e por vezes, mais em conta do que viagens domésticas.
Casa Rosada, ponto turístico da Argentina (kersaber.com.br) |
No Natal de 2012, a família França decidiu passar as festas do final de ano na Argentina. No pouco tempo, o estudante de Jornalismo da PUC Rio, Rafael França, 18 anos viveu experiências variadas no país portenho.
"Fui à Argentina no final do ano passado e fiquei até o início deste ano. Permaneci ao todo por 10 dias. De maneira geral fui bem tratado" destaca o estudante.
"Com a economia deles em crise e a inflação aumentando, o comércio local precisava (e ainda precisa) dos brasileiros. Afinal, são eles os maiores consumidores." Essa dependência econômica é perceptível até mesmo na cobertura que o principal jornal de lá (Clarín) dá para os brasileiros."
Europa
Experiênia na Inglaterra |
Mesmo com pouca idade, Rafael França já viveu a experiência de ser intercambista. Em 2012, ele foi à Inglaterra e ficou pouco mais de seis meses na cidade de Cambridge. Desta vez, não a passeio.
"Fui para viver uma nova cultura e aprimorar o inglês. O pessoal que me recebeu foi ótimo e me ajudou muito lá, mas a saudade de casa foi grande."
Seja na Europa, América ou em outro continente, está cada vez mais fácil transformar o sonho em realidade.
terça-feira, 19 de novembro de 2013
Tratando bem, cliente sempre tem!
Em contra ponto as fachadas de
lojas, cada vez mais modernas, para atrair os clientes ávidos por novidades é
possível encontrar redutos tradicionais que sobrevivem as mudanças constantes
dos tempos atuais e outros tradicionais que mudam para se adaptar aos novos
clientes.
Um
exemplo de tradição é o Salão Guararapes que funciona na Avenida Guararapes no
centro da cidade e se mantém firme desde 1958, sem extravagâncias. O
proprietário Antônio Nunes de Queiroz começou a trabalhar como barbeiro aos 12
anos em Pilão Arcado, no interior da Bahia, se aposentou recentemente aos 81
anos e deixou o salão aos cuidados do seu filho Paulo Eugênio Coelho. A mais de 50 anos este salão atende gerações,
onde pais levam seus filhos, que levam os netos e dessa forma a clientela se
mantem.
Entre
os clientes estão os políticos e religiosos da região, além de artistas como
Luiz Gonzaga e Dominguinhos, “Todos os grandes homens desta terra já cortaram o
cabelo aqui”, diz o orgulhoso Paulo Eugênio. O Salão, diferente da maioria dos
salões da cidade, é voltado exclusivamente para o público masculino onde é
possível cortar o cabelo e fazer a barba da mesma forma que se fazia no final
da década de 50.
Desde que assumiu o salão do pai, Paulo
Eugênio fez algumas mudanças no ambiente para atrair os clientes, que agora
conta com um ambiente climatizado e cadeiras mais confortáveis, ele fez questão
de manter a tradição com o atendimento exclusivo para o publico masculino. Segundo
Paulo Eugênio o pai nunca quis que ele seguisse na profissão de barbeiro “Ele
disse que tínhamos que estudar”, mas isso não o impediu de assumir o salão.
Miguel Silvinio é funcionário do Salão Guararapes desde o dia 2 de janeiro de
1981 e á 32 anos atua como barbeiro, antes dele muitos outros trabalharam ali
até o dia da aposentadoria. Hoje o salão mescla entre funcionários antigos e
novos contratados para que o trabalho tenha continuidade.
Miguel Silvinio, trabalha no Salão Guararapes á 32 anos foto: Alieny Silva |
Não muito distante da Avenida
Guararapes, na Avenida Souza Filho ainda no centro da cidade, Luiz Rodrigues da
Silva trabalha em um pequeno salão á aproximadamente 1 ano, mas atua na
profissão a mais de 40 anos. A vontade de trabalhar cortando cabelos chegou
junto com a vontade de “sair da roça”, foi então que ele deixou a agricultura e
começou a trabalhar em um novo oficio: o de barbeiro.
Luiz Rodrigues da Silva Foto: Maria Akemi |
Mesmo
com as constantes mudanças de lugar de trabalho “Seu Luiz” como é conhecido
pelos clientes, consegue manter uma clientela fiel, como Alberto Joaquim, que a
mais de 20 anos faz questão de ser atendido por Luiz Rodrigues que atende
também o seu filho o Alexandre Alberto.
Na Rua Dom Vital ainda no Centro de
Petrolina, é possível encontrar outro profissional, que atua em um meio pouco
comum hoje em dia. O Francisco Ferreira da Silva trabalha como engraxate e em
pequenos concertos nos mais diversos calçados, oficio que já exerce a mais de
22 anos. No inicio ele apenas engraxava sapatos, mas com a queda no movimento
ele passou a fazer pequenos concertos para as lojas de sapatos das proximidades.
Com o tempo esses pequenos trabalhos não estavam mais valendo o esforço e ele
parou de fazer. Entre concertos e sapatos engraxados ele totaliza de 5 á 10
clientes por dia e em alguns dias não consegue nenhum.
Francisco Ferreira Foto: Maria Akemi |
Depois de tanto tempo atuando neste
meio ele decidiu parar “Desde janeiro que estou pensando em parar de trabalhar
como sapateiro, a cola que eu uso faz muito mal à saúde, já vi colegas doentes
por causa dela”,ao lado da cadeira que ele usa para engraxar sapatos um pequeno
carrinho de lanches começa a ganhar seu espaço “eu só vou trabalhar até o fim
do mês”.
Depois da tradição a contradição.
Em Petrolina é possível encontrar muitas costureiras espalhadas por toda a cidade, mas homens nesta profissão ainda são raros. Alfaiates e costureiros exercem funções diferentes, os alfaiates criam peças exclusivas feitas sob medida, com um foco especial aos ternos atendendo, quase que exclusivamente, o publico masculino. Em contra ponto estão os costureiros, profissionais especialistas em realizar os mais diversos serviços quando se trata de corte e costura.
Com o passar dos anos alguns
conceitos mudam para se adaptar a realidade, hoje em dia são raros os alfaiates
aqui em Petrolina, assim como homens que trabalham como costureiros, Geraldo
Vieira é um deles.
Geraldo Vieira |
Em um pequeno ateliê no Centro da
cidade um homem jovem trabalha de forma silenciosa em sua máquina de costura,
dobrando tecidos e traçando retas em pequenos pontos com a linha de costura ele
dá forma a uma calça masculina. Geraldo Vieira começou a costurar aos 15 anos
em Teresina, no Piauí, aprendeu o oficio observado o pai
costurar, nunca teve aulas sobre costura, apenas observou o pai e aprendeu com
os seus próprios erros. Dos 15 aos 20 anos trabalhou com costura no Piauí até o
dia que seu pai decidiu mudar-se para Petrolina convidando o filho a ir junto.
17 anos depois ele ainda trabalha com a costura e vive com a sua esposa e os
seus três filhos. “Seu Viera” tem 8 irmãos, destes 3 são alfaiates dois deles
residem em Petrolina e trabalham com costura.
A surpresa no ateliê é bem comum,
mas Seu Vieira não liga, os olhares curiosos são bem frequentes, inclusive
durante esta entrevista, uma senhora parou na calçada para ver Seu Vieira trabalhar
e quando questionada se ela desejaria algo “só estou olhando, acho
interessante” girou os tornozelos e seguiu o seu caminho.
Trabalho não falta e seus clientes
estão sempre mudando, mas segundo ele alguns clientes são os mesmos de 20 anos
atrás.
sábado, 16 de novembro de 2013
Um presente para a UNEB: acervo da antiga SEDICA é doado à universidade
Materiais da Biblioteca Dom José Rodrigues de Souza chegam à Universidade, para manter vivo legado do bispo emérito
Giomara Damasceno*
Maria Yamakawa
Acervo da biblioteca Dom José Rodrigues de Souza
ajuda a relembrar a história do povo juazeirense |
Para transferir os arquivos do prédio da Diocese
para a biblioteca Professor Rômulo Galvão, a UNEB criou uma comissão formada
por discentes da universidade. Esta tem funções de “coordenar os trabalhos de
transferência do acervo da Biblioteca Dom José Rodrigues de Souza.
Esses trabalhos envolvem: reorganização do espaço
físico e do acervo, definição da forma de funcionamento, mobilização de professores
e alunos para a utilização dos materiais” como explica um dos integrantes
da comissão, o Professor Mestre Francisco de Assis Silva.
A história da
cidade preservada
Acervo contém livros, revistas, fitas cassetes |
“A mudança afetou o processo de pesquisa
bibliográfica durante a disciplina de Seminários II, que é o primeiro passo
para a construção do TCC. Por falta de tempo eu só consegui realizar uma visita
à biblioteca da Diocese, na semana seguinte aconteceu a mudança e fiquei sem
acesso ao material do qual precisava. Felizmente consegui terminar mesmo sem
uns livros, pois alguns são antigos e não encontro na internet.”, comenta.
Como muitos outros juazeirenses,
Adailma frequentava a biblioteca da Diocese no antigo prédio durante os ensinos
fundamental e médio, muito mais do que a Municipal. Isso se dava pela
localização de ambas e pela maior diversidade de exemplares existentes.
Tanto na visão da estudante de Jornalismo e do
Professor Mestre, o acervo da Diocese vem a somar. “Acredito que a UNEB ganhou um presente”
relata o docente.Já a aluna acrescenta “Creio que o acervo da biblioteca da
Diocese mesmo sendo um tanto desatualizado, ainda pode e certamente vai
contribuir bastante para pesquisas sobre nossa região e sobre outros temas.
Espero sinceramente que a UNEB saiba valorizar o potencial desse acervo”.
*Fotos: Giomara Damasceno
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
Plínio Amorim: Educação e Política
Foto: Alieny Silva |
Filho e neto de políticos, o Professor Mestre Plínio
Amorim carrega a veia política desde o berço. Graduado em Educação Física pela Universidade
Federal de Pernambuco (UFPE) em 1985, Amorim fez sua especialização em Ciência
do Desporto na Universidade de Porto (Portugal), em 2001. Amorim exerceu o
cargo de Secretário de Educação nos municípios vizinhos Juazeiro, BA e
Petrolina, PE. E atualmente é assessor especial de Modernização Administrativa
da Prefeitura de Juazeiro.
Você tem formação acadêmica voltada para a prática esportiva. Quais os motivos que te levaram a exercer cargos políticos?
Eu sou formado em Educação Física, me formei em 1985
na Universidade Federal de Pernambuco. Passei num Concurso da Universidade de Pernambuco,
na época era FFPP (Faculdade de Formação de Professores de Petrolina).e num
concurso da UNEB (Universidade do Estado da Bahia), fui professor da UNEB por um
ano. Dois anos depois fui fazer mestrado e quando voltei, assumi a chefia do
departamento de pedagogia da FFPP.
Fui chefe de departamento até 2004. No mesmo ano me
candidatei à direção da UPE. Foi uma campanha bonita e difícil, porque pela
forma que era a contagem dos votos era muito difícil de uma oposição vencer..
Na época, pelas contas que fiz, faltou um voto de funcionário, mas faltaram 200
votos de aluno. Embora eu tivesse 1600 votos de alunos e a outra candidata em
torno de 400. Eu tive 75% dos votos válidos.
Mas ai eu acho que meu nome tomou notoriedade. E a
partir dessa eleição daqui [da UPE], o então prefeito [Fernando Bezerra Coelho]
me convidou para ser Secretário de Educação de Petrolina. Foi uma oportunidade
extraordinária pra mim, até porque administrar a educação é uma coisa complexa,
grande. É ¼ do orçamento do município, 25% tem que ser utilizado na educação. Dei
sorte de conduzir uma equipe muito boa e de incentivá-los a trabalhar. Acredito
que contribuímos bastante pelas coisas que fizemos aqui, isso na minha opinião culminou
em ganharmos um prêmio do Ministério da Educação como modelo de referência de
gestão.
Quais as diferenças entre os planos educacionais de Juazeiro e Petrolina?
Petrolina iniciou um processo de gestão com foco em
resultados na educação. E o que é resultado na educação? É o aluno ser
aprovado, mas aprender. Ele não pode receber aquilo que se chama de aprovação
automática.
Petrolina iniciou esse processo um pouco antes [que
Juazeiro], com foco em resultados. Faz-se uma avaliação com os alunos, não pra
dar nota, mas avaliação pra diagnosticar o nível de aprendizagem deles. São
avaliações muito bem elaboradas, bem planejadas, para que a gente saiba quais
os conteúdos o aluno está dominando. Nosso modelo era centrado assim: no início
do ano os professores de todas as séries sabiam dos conteúdos, eram bem
definidos. São os conteúdos que chamamos de descritores, que os alunos teriam
que vivenciar ao longo do ano. Monitorávamos o nível aprendizagem do aluno,
fazendo avaliações – sabendo quais alunos estavam abaixo da média, acima da
média - e algumas outras políticas como nível de leitura, produção de texto.
Juazeiro demorou a trabalhar na busca de resultados.
Essa foi a diferença. Quando eu assumi a Secretaria em Petrolina, esse modelo
já estava montado, legitimado. Só precisava aprofundá-lo. Em Juazeiro não, a
gente apresentou, a gente iniciou esse processo. São desafios enormes: um de
você estabelecer [a gestão] e o outro é você manter.
A Câmara de Vereadores de Petrolina leva o nome semelhante ao seu. Tem alguma relação? Qual é a relação?
Aquela pessoa lá é Plinio Amorim, meu avô que foi
vereador aqui em Petrolina durante 26 anos. Na época vereador não recebia
salário. Era voluntário. E pelo respeito, pela deferência, pelo compromisso
dele, após sua morte os vereadores entenderam que a Câmara deveria levar o nome
dele. Pra mim é uma honra muito grande
carregar o nome dele.
É daí que vem sua veia política?
Sim. Eu sou filho de político. Meu avô foi vereador
por 26 anos. Eu tive um tio que foi vereador, meu pai foi vereador durante 16
anos. Mas, eu nunca coloquei meu nome para a coisa pública, além de eleição
interna em nível de gestão educacional.
Enquanto meu pai [Juarez Amorim] foi político eu não gostava disso.
Durante 16 anos meu pai foi um politico tão
dedicado, tão zeloso, que eu costumo dizer que durante esse tempo eu não tive
pai. Eu tinha um homem que financiava a vida da gente, minha e de meus irmãos e,
que de vez enquanto dormia com minha mãe.
Ele tinha um compromisso exagerado com a política. E
com isso pela ausência que eu sentia de meu pai, eu não gostava de política.
Mas, aí a maturidade vai chegando e a gente percebe que tudo acontece pela
política.
A gente vive num estado de direito, isso significa
que quem manda são as leis. E quem faz leis? Os políticos. Vereadores,
deputados estaduais, deputados federais e senadores. Eles que efetivamente
fazem as leis, nas suas câmaras e assembleias. Então, a gente precisa escolher
a boa política o bom político.
Por isso, hoje me curvei, me curvo e tenho uma
admiração muito grande pela política, pelos políticos. A minha política é a
política da educação. Eu costumo dizer que essa é a minha bandeira mais alta, é
aquela que eu tenho zelo maior.
Seu sangue envereda para isso?
É, talvez o sangue politico me empurre para o lado
da gestão. O da gestão pública a gestão da educação pública de maneira mais
específica.
Por: Giomara Damasceno
domingo, 10 de novembro de 2013
Gentileza como agente de transformação da sociedade
A Corrente do Bem (Pay It Forward) Foto: divulgação |
Na década de 70 um andarilho pregava palavras de amor, bondade e respeito ao próximo nas ruas do Rio de Janeiro, conhecido como “Profeta gentileza”, José Datrino inspirou muitas pessoas com a famosa frase “Gentileza gera gentileza”. Algumas décadas depois, mais precisamente em 2000, um filme dirigido por Mimi Leder pregava a mesma prática, “Pay It Forward” (A Corrente do Bem), o filme que narra a história de um professor que em uma de suas aulas lança um desafio aos seus alunos, eles deveriam: observar o mundo à sua volta e concertar aquilo que não gosta, um de seus alunos propõe a seguinte ideia: cada um faz um favor a três pessoas e cada uma dessas três faz caridade a mais três, e assim por diante, a ideia do garoto repercute pelo mundo inspirando pessoas. Tanto o profeta quanto o personagem interpretado por Haley Joel Osment levanta a questão de: até onde boas ações geram reações positivas e até onde isso pode mudar e influenciar a sociedade?
José Datrino "Profeta Gentileza" Foto: internet
|
Em decorrência da ideia do filme “Corrente do bem”, pequenas ações positivas ganharam um sopro de vida, dando origem ao “Dia Mundial da Boa Ação”, que é celebrado no dia 24 de abril e consiste em formas simples de ajudar o próximo. A iniciativa propõe ações simples de caráter transformador, que pode ser desde ajudar um idoso a atravessar a rua, ceder o acento em um ônibus lotado, desejar um bom dia, entre outras formas simples que podem inspirar outras pessoas a aderirem ao movimento.
Esse tipo de iniciativa de caráter mundial não precisou de uma data especifica para atingir o Vale do São Francisco. Em Petrolina, por exemplo, tem se tornado comum encontrar pessoas que não esperam um dia especifico para ajudar o próximo e faz dessa prática algo comum no seu cotidiano. Everton Rodrigo de 27 anos é uma dessas pessoas, ele faz parte de um grupo de jovens, que prega a caridade e o respeito ao próximo, “Eu gosto de ajudar porque é a forma que eu encontrei de ser útil, para as pessoas, não tenho uma boa oratória, mas quando é para servir da menor maneira possível eu fico feliz porque eu sei que dei o melhor de mim”, quando questionado sobre satisfação pessoal em ajudar ele acredita que a caridade é a melhor forma de se melhor consigo mesmo “Sinto que posso ser uma pessoa melhor, não apenas com palavras, mas principalmente com ações, quando estou participando de uma ação social seja ela qual for eu me sinto feliz”.
O psicólogo Samuel Freire acredita que a prática altruísta trás a quem pratica o poder de tirar o outro da condição de marginal (que está a margem da sociedade, excluído), para que este ganhe um sentido novo "Quando você tira algumas horas, ou minutos do seu tempo para praticar uma boa ação, você leva para o outro um pouco de autoestima, tirando ele da condição de "invisível", para alguém que merece atenção, que merece ser bem tratado", em relação ao bem estar do praticante o psicólogo ressalta o bem que isso pode fazer, no sentido de se sentir útil para alguém "A sensação de bem estar é que existe de simbólico no ato altruísta. Por fim, relembro o que Lacan dizia sobre o amor: dar o que não se tem". Esse tipo de iniciativa de caráter mundial não precisou de uma data especifica para atingir o Vale do São Francisco. Em Petrolina, por exemplo, tem se tornado comum encontrar pessoas que não esperam um dia especifico para ajudar o próximo e faz dessa prática algo comum no seu cotidiano. Everton Rodrigo de 27 anos é uma dessas pessoas, ele faz parte de um grupo de jovens, que prega a caridade e o respeito ao próximo, “Eu gosto de ajudar porque é a forma que eu encontrei de ser útil, para as pessoas, não tenho uma boa oratória, mas quando é para servir da menor maneira possível eu fico feliz porque eu sei que dei o melhor de mim”, quando questionado sobre satisfação pessoal em ajudar ele acredita que a caridade é a melhor forma de se melhor consigo mesmo “Sinto que posso ser uma pessoa melhor, não apenas com palavras, mas principalmente com ações, quando estou participando de uma ação social seja ela qual for eu me sinto feliz”.
Por Alieny Silva
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